quarta-feira, 29 de junho de 2011

Mensagem do grupo...



A mensagem subjacente a este vídeo é de nunca desistir dos nossos objectivos, seguindo sempre os valores morais e éticos que nos foram transmitidos, prezando sempre pela diferença e pela busca incessante de conhecimento e sucesso. Como nos foi transmitido ao longo das aulas, o desenvolvimento de um ser realiza-se através de diferentes etapas e estados, sendo que em todos eles a intervenção de todos as pessoas que partilham vivências com o mesmo, como familiares, amigos ou até professores influenciam a sua formação, o seu comportamento e o seu desenvolvimento cognitivo. Sendo assim, como futuros professores/treinadores ou educadores, deixamos uma mensagem a todos os nossos colegas e visitantes do blogue, para a importância de prezarem pela diferença, de darem sempre o vosso melhor em todas as tarefas, de forma a adquirir uma base bem sustentada de conhecimento e valores que posteriormente possam ser transmitidos aos vossos alunos ou atletas, para que sejam reconhecidos pela diferença, se tornem melhores profissionais e que acima de tudo possam contribuir para uma boa formação e um bem estar físico e psicológico dos vossos alunos, ministrando em todos os momentos boas condições de aprendizagem, de transmissão de valores e conhecimento. Tudo o que fizerem façam-no com gosto, com atitude e motivação, sejam curiosos, nunca se dêem por vencidos, procurem sempre saber mais e melhor, acima de tudo façam... Façam de tudo para serem reconhecidos como bons profissionais e acima de tudo, como boas pessoas...
 

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Conclusão...

Esperamos que com esta nova actualização a qualidade do nosso blogue tenha melhorada significativamente, estando um pouco mais preenchido de conteúdo.

Esperamos que acima de tudo se torne útil para todos os visitantes, sendo que estamos sempre abertos a todas as opiniões e dicas que possam melhorar ou completar o nosso blogue.

Cumprimentos a todos os visitantes,

Tiago Pereira Fernandes
Tiago Almeida Fernandes
Tiago Pina
Mário Magalhães

Desenvolvimento ao longo da vida adulta e envelhecimento...

De acordo com a psicologia do desenvolvimento, a maturidade é um momento de culminância biológica, psicológica ou social, do ciclo vital, em que o individuo exibe as estruturas ou os comportamentos esperados para a sua idade.
Sendo assim , podemos afirmar que o adulto está inserido no mundo do trabalho e das relações interpessoais de modo diferente da criança e do adolescente. Traz consigo uma história mais longa (e provavelmente mais complexa) de experiências, conhecimentos acumulados e reflexões sobre o mundo exterior, sobre si mesmo e sobre as outras pessoas.
No que diz respeito ao funcionamento intelectual do adulto, os seres humanos mantêm um bom nível de competência cognitiva até uma idade avançada (acima dos 75 anos). Por outro lado, os psicólogos evolutivos estão cada vez mais convencidos de que o nível de competência cognitiva das pessoas mais velhas não depende da idade em si mesma mas de uma série de factores como o nível de saúde, o nível educativo e cultural, a experiência profissional e a vitalidade da pessoa (motivação, bem-estar psicológico...).
Não podemos afirmar a exista um declínio acentuado com o avançar da idade ou uma perda das habilidades intelectuais embora, muitas vezes, exista fadiga mental, desinteresse, diminuição da atenção e concentração. Além disso há um desempenho menos satisfatório das aptidões psicomotoras quando estão em jogo rapidez, agilidade mental e coordenação. Quanto à memória e à aprendizagem, os idosos têm uma assimilação mais lenta da informação e um comprometimento da memória visual e auditiva. Também possuem diminuição da motivação decorrente de problemas de saúde e de experiências prévias.
Por outro lado, enquanto o adulto é o suporte da família no idoso, tal como na criança, a família é, social e culturalmente, a base do seu habitat. A actual família nuclear leva a que muitos idosos sejam institucionalizados até porque o seu número cresce mais depressa do que as outras categorias sociais. Pensa-se que em 2030 haverá 21% de menores de 18 anos e 22% de maiores de 65 anos de idade, o que torna essencial o aprofundamento da psicologia do idoso para disponibilizarmos os recursos necessários para terem bem-estar e se sentirem felizes.

Desenvolvimento moral...

 De acordo com Piaget, o sentido de moral desenvolve-se em 2 estádios: o realismo moral (moral heterónima) e o relativismo moral (moral autónoma).Lowrence Kohlberg descobriu que o desenvolvimento moral ocorre de acordo com uma sequência específica de estádios, independentemente da cultura, subcultura, continente ou país. Assim, o carácter moral, em vez de se definir de acordo com traços fixos, evolui segundo um série de estádios de desenvolvimento.



Nível pré-convencional ou pré-moral – as acções visam a satisfação do próprio;

  • 1º estádio (moralidade heterónoma), trata-se de evitar romper as regras regidas por sanções, de evitar os castigos e de respeitar o poder não causando danos às pessoas nem à propriedade;
Preocupação com o próprio;
Obediência a uma autoridade;
O medo da punição domina os motivos;
As acções são julgadas em termo das consequências;
  • 2º estádio, o do individualismo, propósito e troca instrumental;
Agir para satisfazer os interesses próprios e necessidades e deixar os outros fazerem o mesmo;
Só se preocupa com o outro se souber que vai beneficiar de alguma maneira;

Nível convencional (adolescência) – A manutenção de boas relações e a imagem pública favorável são julgadas como valores em si. A moralidade dos actos define-se em termos de boa acção e de manutenção da ordem social. Este nível caracteriza a adolescência.

  • 3º estádio, o das expectativas e relações interpessoais mútuas e conformidade interpessoal;
Viver segundo o que é espera pelas pessoas mais íntimas ou segundo o que as pessoas geralmente esperam das outras num certo papel;
Necessidade de ser uma boa pessoa, aos seus próprios olhos e aos olhos das outras pessoas Motivo ser um bom rapaz para ser aceite;
  • 4º estádio, o do sistema social e consciência;
Cumprir os actuais deveres morais com os quais se comcordou;
As leis são para ser protegidas excepto em casos extremos onde estão em conflito com outros deveres morais fixados;
Contribuir para a sociedade, para o grupo, ou para a instituição;

Nível pós-convencional - nível dos princípios morais autónomos.
  • 5º estádio - contrato social ou utilidade e direitos individuais;
Estar consciente que as pessoas têm uma variedade de valores opiniões, e que muitos valores e regras são relativos ao seu grupo;
Um sentido de obrigação para com a lei, devido ao contrato social que se fez e se mantem por leis destinadas ao bem-estar de todos e para a protecção de todos os direitos das pessoas;
  • 6º estádio – o dos princípios éticos universais;
Seguir os princípios éticos escolhidos por si próprio, que tratam da justiça, igualdade, dignidade… estes princípios são mais elevados que qualquer lei;

Erikson e o desenvolvimento...

Erikson critica Freud, porque ele não teve em conta, na sua concepção de desenvolvimento, as interacções entre o indivíduo e o meio. Por outro lado, enquanto Freud defendia que a energia que orientava o desenvolvimento era de natureza libidinal, Erikson enfatiza o processo de construção de identidade e a sua dimensão psicossocial.
Para Erikson, a energia que orienta o desenvolvimento é essencialmente de natureza psicossocial, pelo que valoriza as interacções entre a personalidade em transformação e o meio social.
Erikson propõe oito estádios psicossociais, perspectiva oito idades no desenvolvimento do ciclo de vida, desde o nascimento até à morte, tendo em conta aspectos biológicos, individuais e sociais.
Em cada estádio, há um predomínio de uma tarefa, que assume a forma de um conflito, ou crise, (psicossocial) entre duas dimensões (uma positiva e uma negativa), induzido pela interacção entre as exigências da sociedade e as características do indivíduo.

Confiança versus Desconfiança (até aos 18 meses):
  • Este estádio é marcado pela relação que o bebé estabelece com a mãe: se é compensadora, o bebé sente-se seguro, manifestando uma atitude de confiança face ao mundo; se não é satisfatória desenvolve sentimentos que conduzem ao medo/desconfiança em relação aos outros. A virtude adquirida na resolução, positiva da crise confiança versus desconfiança é a esperança.
Autonomia versus Dúvida e Vergonha (18 meses-3 anos):
  • Se é encorajada a criança explora o mundo autonomamente; se é muito controlada pelos pais, sente dúvida (precisa da sua aprovação) e vergonha. A virtude adquirida é a força de vontade.
Iniciativa versus Culpa (3-6 anos):
  • A criança obtém prazer da realização de actividades por iniciativa própria, sente orgulho nas suas capacidades; se é muito punida, sente-se culpada por agir de acordo com os seus desejos; revela falta de espontaneidade e sente-se inibido. O núcleo significativo de relações estabelece-se com a família e a virtude própria deste estádio é a tenacidade.
Indústria versus Inferioridade (6-12 anos):
  • Na escola, a criança desenvolve aprendizagens (escolares, sociais…), que podem fazê-la sentir que é competente ou que é menos capaz que os colegas. Se prevalecer o fracasso na resolução da crise, a criança sente-se preguiçosa e evita entrar em competição; considera-se inferior e medíocre.
Identidade versus Difusão/Confusão (12-18/20 anos):
  • O adolescente procura saber quem é (construção da identidade) em que quer tornar-se; pode também ficar confuso face a tantas possibilidades, sem saber o que quer, como agir, que pessoa é (confusão de identidade e de papéis). Aquele que resolve a crise de forma positiva adquire a lealdade como virtude. Ser leal é ser fiel a si próprio à sua identidade.
Intimidade versus Isolamento (18/20-30 e tal anos):
  • O jovem adulto pode estabelecer relações de proximidade e partilha (amor e afiliação) com pessoas íntimas ou pode distanciar-se e fechar-se. Ou apresenta uma sexualidade enriquecedora e vínculos sociais abertos e estáveis ou isola-se e tem dificuldades em relacionar-se; as suas relações são inautênticas e instáveis.
Generatividade versus Estagnação (30 e tal – 60 e tal):
  • O conflito centra-se na expansão das potencialidades de adulto e na sua transmissão aos outros – gosta de colaborar com as novas gerações. Pode, por outro lado, tornar-se inactivo, se acha que não consegue ou que não tem nada de interessante para transmitir. Apresenta sinais de estagnação; é improdutivo e está apenas preocupado consigo próprio. A virtude inerente a este estádio é a produção.
Integridade versus Desespero (mais de 65 anos):
  • O indivíduo avalia a sua vida, podendo experimentar sentimentos de integridade ou de desespero; faz um balanço da sua vida: positivo ou negativo. A integridade resulta de uma avaliação positiva da sua existência; aceita a existência como algo de valioso e sente-se satisfeito com a vida. O desespero resulta de uma avaliação negativa da sua existência e da impossibilidade de a recomeçar; considera a vida como tempo perdido e que é impossível recuperar. O núcleo significativo de relações é representada pela humanidade e a virtude adquirida neste estádio é a sabedoria.

Freud e o desenvolvimento...

O desenvolvimento da personalidade é explicado por Freud pela evolução da forma como o indivíduo, desde o nascimento, procura obter prazer – a sexualidade –, que na infância (sexualidade infantil) é sobretudo auto-erótica (dirigida a si mesma), e só a partir da adolescência passa a ser essencialmente voltada para os outros.
Esta evolução permite definir estádios de desenvolvimento psicossexual, que se caracterizam pelo predomínio de uma zona erógena (região do corpo que, quando estimulada, dá prazer) e por conflitos psicossexuais entre a busca de prazer (pulsões sexuais/libido) e as forças que se lhe opõem (ódio, desespero, ausência de desejo, etc.) que vão condicionar o desenvolvimento das estruturas do aparelho psíquico (instâncias) e a relação dinâmica entre elas.
Esses estádios de desenvolvimento que Freud apresenta são:



Estádio oral (até 1 ano):
  • A zona erógena é a boca (prazer em mamar, pôr objectos na boca…); com o desmame surge o conflito entre o que deseja e a realidade.
  • O Id (pulsões inatas) existe desde o nascimento. Começa a formar-se o Ego pela consciência das sensações corporais.
Estádio anal (1-3 anos):
  • A zona erógena é a região anal (prazer em controlar a retenção e expulsão das fezes); sentimentos ambivalentes – conflito – o controlo fecal induz dor e não só prazer e há um desejo de ceder e, em simultâneo, de se opor às pressões sociais para a higiene.
Estádio Fálico (3-5 anos):
  • A zona erógena é a região genital; a sexualidade deixa de ser exclusivamente auto-erótica e dirige-se aos pais, concretizada no Complexo de Édipo (atracção pelo progenitor do sexo oposto e agressividade perante o progenitor do mesmo sexo, visto como rival). Este conflito é ultrapassado quando a criança se identifica com o progenitor do mesmo sexo. As proibições e normas impostas no Complexo de Édipo são interiorizadas, dando origem à formação do Superego.
Estádio de Latência (6-11 anos):
  • Há uma diminuição da expressão da sexualidade, mas a problemática do Complexo de Édipo permanece oculta, sem se manifestar. É neste estádio que ocorre a amnésia infantil que se trata do processo pelo qual a criança reprime no inconsciente as experiências perturbadoras do estádio fálico. É uma forma de defesa. A criança concentra a sua energia nas aprendizagens escolares e sociais.
Estádio genital (a partir da adolescência):
  • A sexualidade passa a ser dirigida aos outros e à consumação do acto sexual. A problemática do Complexo de Édipo, latente na fase anterior, é reavivada e vai ser definitivamente resolvida pelo luto das imagens idealizadas dos pais.
  • Mecanismos de defesa: Ascetismo (negação do prazer, controlo das pulsões sexuais através de disciplina e isolamento) e Racionalização (o jovem procurar esconder os aspectos emocionais do processo adolescente, interessando-se por actividades do pensamento onde coloca toda a sua energia).



Piaget e o desenvolvimento...

Piaget estudou o desenvolvimento cognitivo da criança e, segundo este autor, a inteligência constrói-se progressivamente ao longo do tempo, por estádios ou etapas constantes e sequenciais.
Defende uma posição construtivista/interaccionista: as estruturas do pensamento são produto de uma construção contínua do sujeito que age e interage com o meio, tendo um papel activo no seu próprio desenvolvimento cognitivo.
A inteligência é perspectivada como uma adaptação do indivíduo e das suas estruturas cognitivas ao meio. Esta adaptação assegura o equilíbrio entre o indivíduo e o meio através de dois mecanismos: assimilação (sujeito incorpora os elementos do meio nas estruturas mentais já existentes) e acomodação (as estruturas mentais modificam-se em função das situações novas/novos dados que provêm do meio).
Sendo assim, Piaget atribui os seguintes estados ao desenvolvimento da criança:  

Estádio Sensório-Motor (dos 0 aos 18/24 meses):
  • Inteligência prática que se aplica à resolução de problemas concretos e que põe em jogo as percepções e o movimento – daí a designação de sensório-motor. 
  • Dos reflexos inatos à construção da imagem mental, anterior à linguagem; 
  • Coordenação de meios e fins;
  • Permanência do Objecto (8-12 meses) – a criança procura um objecto escondido, porque tem a noção de que o objecto continua a existir mesmo quando não o vê;
Estádio pré-operatório (dos 2 aos 7 anos):
  • Subestádio do pensamento pré-conceptual (2-4 anos):
  • Função simbólica – a criança passa a poder representar objectos ou acções por símbolos. Pode representar mentalmente objectos ou acções não presentes no campo perceptivo – imagem mental. 
  • Egocentrismo – a criança (autocentrada) pensa que o mundo foi criado só para si e não compreende outras perspectivas;
  • Pensamento mágico. 
  • Animismo – atribuição de emoções e pensamentos a objectos inanimados; 
  • Realismo – a realidade é construída pela criança sem objectividade (se sonhou que o lobo está no corredor, pode ter medo de sair do quarto); 
  • Finalismo – Dado o egocentrismo da criança as coisas têm como finalidade a própria criança (o monte é um declive para ela poder correr); 
  • Artificialismo – explicação de fenómenos naturais como se fossem produzidos pelos seres humanos (o Sol foi acesso por um fósforo gigante).
Subestádio do pensamento intuitivo (4-7 anos):
  • Baseado na percepção dos dados sensoriais. A criança responde à questão que lhe é colocada com base na aparência. 
  • O pensamento é irreversível 
  • A criança pode classificar e seriar objectos por aproximações sucessivas, embora sem um lógica de conjunto.
Estádio das operações concretas (dos 7 aos 11/12 anos):
  • Reversibilidade mental (capacidade do pensamento voltar ao ponto de partida); 
  • Pensamento lógico, acção sobre o real; 
  • Operações mentais: contar, classificar, seriar; 
  • Conservação da matéria sólida, líquida, peso, volume; 
  • Conceitos de tempo e de espaço globais e de velocidade.
Estádio das operações formais (dos 11/12 aos 15/16 anos):
  • Pensamento abstracto (as operações mentais não necessitam de apoiar-se no concreto para serem formuladas); 
  • Operações formais, acção sobre o possível; 
  • Raciocínio hipotético-dedutivo (o adolescente formula hipóteses e deduz conclusões; é capaz de resolver problemas a partir de enunciados verbais; 
  • Definição de conceitos e de valores; 
  • Egocentrismo cognitivo, que leva o adolescente a considerar que através do seu pensamento pode resolver todos os problemas e que as suas ideias são as mais correctas.

Controvérsia Hereditariedade vs Meio...

Um organismo não existe isolado do seu meio. Neste sentido, a actualização de um dado projecto genético resulta da interacção entre o organismo e o seu meio físico e social. Diz-se «interacção» porque não só o meio circundante age sobre o organismo, como este, por sua vez, modifica e interpreta activamente este meio.
O meio exerce influência sobre um indivíduo logo desde a vida intra-uterina. O meio intra-uterino afecta o desenvolvimento físico e mental do feto através da corrente sanguínea da mãe em situações como: a ingestão de medicamentos, determinadas doenças (toxoplasmose, rubéola, diabetes e ainda perturbações emocionais), que podem provocar malformações ou excesso de choro, situações de toxicodependência e alcoolismo transferindo para o feto determinadas carências relativamente às substâncias consumidas, regime alimentar, etc.

Psicanálise

A Psicanálise considera a existência do inconsciente, que define como uma zona do psiquismo constituída por desejos, impulsos, fundamentalmente de carácter sexual – libido.
Uma outra inovação apresentada pela Psicanálise foi a afirmação da existência da sexualidade infantil, anterior, portanto, à puberdade. Manifestando-se desde o nascimento, a sexualidade assume diferentes manifestações nos diferentes estádios psicossexuais sendo um elemento essencial no processo de desenvolvimento da personalidade.

Segundo Freud, o psiquismo humano seria constituído pelas seguintes zonas: id, ego e superego. O id é a zona inconsciente, constituída por pulsões, recordações e desejos de que não temos consciência. Existe desde o nascimento, regendo-se pelo princípio do prazer. Este princípio orienta-se pelo objectivo de satisfazer os impulsos e desejos, fundamentalmente de natureza sexual.
O ego é a zona consciente do psiquismo que se forma a partir do id no primeiro ano de vida. Pressionado pelo id, que visa a realização de desejos e pulsões, e pelo superego, que representa a moral, o ego vive frequentemente conflitos.
O superego é a instância do psiquismo que corresponde à interiorização dos valores e normas sociais e morais vigentes na sociedade. Constrói-se entre os 3 e os 5 anos no processo de socialização tendo como modelos os pais e outros adultos significativos. Pressiona o ego para não realizar os impulsos do id. O ego orienta-se pelo princípio da realidade que procura responder às exigências sociais.

Gestaltismo Vs Construtivismo

O gestaltismo é uma corrente que deu um importante contributo na construção da Psicologia como ciência, pois postula que qualquer fenómeno psicológico é uma totalidade organizada, não redutível à soma dos elementos que a compõem. A percepção dos objectos é diferente da percepção do somatório dos elementos que o constituem.

O construtivismo é a teoria do desenvolvimento do conhecimento, que procura descobrir as raízes dos distintos tipos de conhecimento desde as suas formas mais elementares e seguir o seu desenvolvimento até aos níveis superiores, nomeadamente o conhecimento científico.
Piaget parte do pressuposto que o conhecimento é uma continua construção, e que a inteligência não é mais do que uma adaptação do organismo ao meio, em resultado de um equilíbrio entre as acções do organismo sobre o meio e deste sobre o organismo (interacção).Procura explicar o desenvolvimento do pensamento (inteligência) como um processo que atravessa várias fases. Cada uma delas representa um estádio de equilíbrio, cada vez mais estável, entre o organismo e o meio, onde ocorrem determinados mecanismos de interacção, como a assimilação e a acomodação.
O conhecimento é o produto de uma construção contínua do sujeito agindo sobre o meio.

Estruturalismo Vs Behaviorismo

O construtivismo apresenta-nos os processos mentais nos seus elementos mais simples (sensações, ideias), a fim de descobrir as suas combinações e conexões no sistema nervoso e as estruturas que com eles estavam relacionados. Foi designada por concepção estruturalista, dado que o seu objectivo era o estudo da estrutura da consciência.
Wundt apresenta os processos mentais conscientes como objecto de estudo e a introspecção controlada como método. Procura identificar os elementos básicos da consciência – as sensações. Ao sabermos o modo como se combinam as sensações, identificaremos a estrutura da actividade consciente.

Por outro lado, o behaviorismo define o comportamento (behavior) como um conjunto de respostas observáveis a estímulos igualmente observáveis provenientes do meio.
Somos totalmente condicionados pelo meio [R = f (S) – as respostas em função das situações]. Alterando as situações que condicionam o comportamento podemos modificá-lo. O estabelecimento de leis do comportamento resulta do estudo das variações das respostas em função da situação. O psicólogo, conhecendo o estímulo, deverá ser capaz de prever a resposta e se conhecer a resposta deverá poder identificar o estímulo. Watson considera que a existência de factores hereditários é irrelevante e que os factores do meio são determinantes no desenvolvimento da criança.

Actualização...

Em vista a melhorar a qualidade das nossas publicações do blogue decidimos postar algumas considerações mais explicativas da matéria leccionada, ou seja, uma apresentação mais teórica, em que está ausente a opinião do grupo, mas que de certa forma se completa com as publicações anteriormente publicadas.


Esperamos que vos seja útil,

O grupo de trabalho