quinta-feira, 31 de março de 2011

Desenvolvimento da criança

Na aula do dia 29 de Março foram debatidos três tipos de desenvolvimento na criança: desenvolvimento físico, desenvolvimento motor e desenvolvimento sensorial.
O desenvolvimento físico na criança, nos primeiros meses de vida, é apenas reflexos, que vão desaparecendo à medida que o bebé começa a ter força e coordenação muscular. Este desenvolvimento é mais evidente quando o bebé começa a elevar a cabeça; a mudar de posição quando está deitado; a sentar-se sem apoio; a ficar de pé com auxilio, a curvar-se e a voltar à posição inicial.
O desenvolvimento motor é o resultado da maturação de certos tecidos nervosos, o aumento de tamanho e complexidade do sistema nervoso central, o crescimento dos ossos e músculos, ou seja, são comportamentos não-aprendidos que surgem espontaneamente, desde que a criança tenha condições adequadas para se exercitar. Somente em casos de extrema privação, de algum tipo de distúrbio ou doença que esses comportamentos não se desenvolvem. Existem três regras gerais: progressão céfalo-caudal; progressão próximo-distal e progressão de acção concentrada para especifica.  
No desenvolvimento sensorial, o bebé está constantemente a receber e a responder aos estímulos do ambiente em que vive. Por volta do sétimo mês no útero, os cinco sentidos  (olfacto, visão, audição, paladar, tacto)  estão desenvolvidos. Pela investigação realizada nesta área, descobriu-se que o paladar é o sentido que se encontra mais desenvolvido à nascença. As crianças são também capazes de distinguir odores diferentes algumas horas após o seu nascimento. Relativamente à audição, as crianças respondem a sons quase imediatamente a seguir ao nascimento. A grande maioria das crianças revela uma preferência clara pelo som da voz da mãe, em detrimento de outros sons. Já a visão desenvolve-se mais lentamente. Quando nascem, as crianças são capazes de focar uma imagem somente a 25 centímetros de distância. Dez dias depois, os bebés já são capazes de seguir com o olhar um objecto em movimento. Num outro estudo sobre o desenvolvimento sensorial do bebé regista-se a capacidade das crianças de 6 meses em percepcionarem já a profundidade.

sábado, 26 de março de 2011

Hereditariedade Vs Meio...

Relativamente à problemática Hereditariedade Vs Meio as opiniões de todos os elementos do grupo traduzem-se numa só. Todos nós identificamos o meio como factor preponderante no desenvolvimento de um indivíduo, não excluindo a hereditariedade.
É o meio que mais influência este processo evolutivo, pois é através da interacção com os outros sistemas de vida (socialização) que o ser se desenvolve e aprende a encarar o mundo. Um exemplo claro desta perspectiva é o caso «Genie», a história de uma criança criada em isolamento que, ao ser privada da interacção com o meio, não adquiriu os comportamentos primários de uma criança normal. O meio onde viveu durante todos estes anos não lhe permitiu desenvolver as suas capacidades transmitidas pelos genes.
Este caso demonstra que apesar das características hereditárias estarem sempre presentes e exercerem uma certa influência, não foram fulcrais no desenvolvimento de Genie. Foram as características do meio que propiciaram o seu desenvolvimento psico-motor e a tornaram numa criança pouco civilizada, sem capacidade para andar ou falar e com atitudes muito pouco humanas.
Contudo, é incorrecto afirmar que a hereditariedade não tem qualquer influência no desenvolvimento do ser humano, pois a informação genética proporciona potencialidades que necessitam de um meio ambiente favorável para se desenvolverem e completarem.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Caso Genie...




Este vídeo relata a história de uma criança que foi mantida em cativeiro durante dez anos em que foi privada da interacção com o meio. Como consequência deste isolamento ela não se desenvolveu consoante a normalidade e tornou-se numa criança não civilizada, sem capacidade para andar ou falar e com atitudes muito pouco humanas. 

(Só se encontra disponível no blogue a parte  1 do documentário, para que a visualização não se torne muito pesada, caso tenham curiosidade em visualizar o resto do documentário do lado direito encontram-se os links necessários)

sábado, 19 de março de 2011

Objecto da Psicologia...

«O corpo humano é a carruagem, eu, o homem que a conduz, os pensamentos as rédeas, os sentimentos são os cavalos.»
(Platão)

Platão nesta célebre frase aborda de uma forma simples o objecto de estudo da Psicologia através da relação entre o comportamento (reacções observáveis do homem) e os processos mentais (pensamentos e sensações). Os cavalos são o «motor» da carruagem e, tal como os cavalos, também as sensações são o elemento propulsor do corpo humano, mediadas pelos pensamentos e comandadas pelo Homem através da sua consciência. Nota-se uma clara superiorizarão dos elementos mais espirituais (sensações e pensamentos) relativamente ao corpo, que marca uma clara visão Platinista.
Influenciado por esta concepção filosófica Wunt concebeu uma nova perspectiva de psicologia, mais científica, que se emancipou da filosofia e conquistou a sua autonomia.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Psicologia aplicada ao desporto...

Na aula prática de Psicologia do Desenvolvimento, dia 3 de Março, foram-nos colocadas 12 frases que tínhamos de classificar de verdadeiro ou falso.
Uma dessas frases foi “Quando se comparam com outras pessoas que possuem características socialmente desejáveis (ex: atractividade), a maior parte das pessoas classificam-se como ‘abaixo da média’. “.
Essa frase pode ter um paralelismo com uma frase proferida por José Mourinho num anúncio publicitário: “Eu não sou o melhor, mas ninguém é melhor do que eu!”. Na minha opinião, esta frase pode ser interpretada como “Eu sou o melhor, mas também não sou perfeito!” Este paralelismo é relativo à comparação de cada um para com os outros.
Tanto esta expressão de Mourinho como a frase que nos foi dada na aula, são, a meu ver, extremamente importantes pois uma das características que considero indispensável no sucesso de qualquer pessoa e em qualquer situação é a confiança em si próprio.
 É assim que Mourinho encara tudo o que faz e é assim que nós, hoje estudantes, e possíveis professores e treinadores no futuro, o deveríamos fazer também. Contudo, é necessário que a confiança não se torne em arrogância e que a humildade esteja, também, sempre de “mãos dadas” com a confiança.